Vitor Baptista/Filipe Albuquerque vencem Porsche Endurance 500 e dupla Hellmeister/Seripieri levanta o campeonato

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Trio Gaetano di Mauro, Marco e Maurizio Billi prevalece na classe 3.8, que coroa Leo Sanchez/Átila Abreu como campeões

O capítulo final dos primeiros 15 anos de história da Porsche Império Cup foi uma celebração histórica em Interlagos. Depois de 500 km de muita emoção e outro tanto de drama, com pista seca e molhada, a dupla do carro #4 recebeu a bandeirada em primeiro lugar. Foi uma reviravolta formidável para Vitor Baptista e Filipe Albuquerque, que viram o carro perder uma roda na volta de apresentação e largar do fundo do grid na prova de 117 voltas.
O título de endurance da temporada 2019 ficou com a dupla do carro #31, Luca Seripieri e Alan Hellmeister. Eles cruzaram a linha de chegada em quarto lugar no geral, levantando também o campeonato da classe GT3 Cup nas corridas de longa duração.
Em segundo lugar na prova deste sábado ficou o carro #1, de Werner Neugebauer e Ricardo Zonta. Com a somatória dos pontos do campeonato de sprint, Werner foi também coroado como o campeão overall de 2019.
Na classe 3.8 também não faltou emoção. Foram vários carros se revezando na liderança da categoria, com um deles provisoriamente assumindo inclusive a ponta da corrida. No fim do dia, prevaleceu o #83, do trio Gaetano di Mauro, Maurizio e Marco Billi. A dupla Chico Horta/William Freire terminou em segundo lugar, mas quem levantou o campeonato das corridas de longa duração foram Leo Sanchez e Átila Abreu -foi o primeiro campeonato deles com os carros de competição mais produzidos no planeta e também o primeiro título das carreiras de ambos correndo de carro. Já o título overall ficou com Chico Horta, catapultado também por resultados consistentes no certame de sprint.
Na classe 3.8 Sport a coroa da prova e do campeonato ficou com a dupla Cesar Urnhani/Nelsinho Marcondes.
A jornada derradeira da temporada 2019 marcou ainda a realização do Sportscar Together Day, em conjunto com a Porsche Brasil. A celebração mandou nada menos que 270 carros da marca para a pista, uma imagem marcante para uma temporada inesquecível.
Mais uma vez Interlagos recebeu cerca de 10 mil espectadores, para fechar com chave de ouro a primeira temporada em que a Porsche Cup Império operou arquibancadas em todas as etapas.

Todos os campeões de 2019
4.0
Endurance
Carrera Cup: Luca Seripieri e Alan Hellmeister
GT3 Cup: Luca Seripieri e Alan Hellmeister

Sprint
Carrera Cup: Marçal Müller
GT3 Cup: Rodrigo Mello

Overall
Werner Neugebauer

3.8
Endurance
Carrera Cup: Leo Sanchez e Átila Abreu
GT3 Cup: Leo Sanchez e Átila Abreu
Sport: Cesar Urnhani e Nelsinho Marcondes

Sprint
Carrera Cup: Enzo Elias
GT3 Cup: Fran Lara

Overall
Chico Horta

A corrida
Na volta de apresentação, o carro #4, de Filipe Albuquerque, perdeu a roda dianteira esquerda, e o português precisou ir aos boxes antes mesmo da largada. A direção de prova determinou uma volta de apresentação a mais, o que permitiu a Albuquerque colocar a roda e alcançar o pelotão. Porém, o carro partiu do fim do grid.
A largada transcorreu sem incidentes, com Esteban Guerrieri mantendo a ponta com o carro #444 à frente de Ricardo Baptista (#27), Miguel Paludo (#7), Werner Neugebauer (#1) e JP Mauro (#270). Na segunda volta, JP passou Neugebauer e subiu para quarto. Nas primeiras voltas, Felipe Nasr e Sérgio Jimenez avançaram no pelotão, este de 14º para 11º.
Em seguida, o carro #27 passou reto no Laranjinha, permitindo a Paludo assumir a segunda colocação. Mais atrás, Guilherme Salas avançava com o carro #20 ao nono lugar. Após a escapada, Baptista conseguiu chegar aos boxes mas fora da janela obrigatória, o que lhe obrigaria a retornar mais tarde para que todas as paradas mandatórias fossem cumpridas.
Salas continuou escalando o pelotão e chegou ao terceiro lugar na quinta volta, enquanto Jimenez também já subia para quinto. Na classe 3.8, Renan Guerra liderava à frente de Chico Horta e Maurizio Billi. Ayman Darwich era o líder na classe Sport.
A briga pelos primeiros lugares esquentou, com Jimenez passando JP no “S” do Senna. Ao mesmo tempo, Salas encostou em Paludo, e este partia para cima de Guerrieri. Na sétima volta, Salas fez uma manobra espetacular e passou de terceiro para primeiro. Na volta seguinte, Jimenez passou Paludo por fora e assumiu o terceiro lugar. Na ponta, Salas abria vantagem, e na 3.8 Guerra também liderava com segurança.
Jimenez passou por Guerrieri, mas Salas já livrava mais de dois segundos na liderança. Mais atrás, houve o contato entre os carros #87 e #15, mas ambos continuaram na competição. Logo na abertura da janela de box, nona volta, o carro #1 de Werner entrou nos pits, e à equipe e decidiu mudar para o reserva. Na frente, Salas seguia firme na ponta, e JP passou por Paludo. Nasr já subia para sexto.
Em décimo lugar, o carro #33 também entrou cedo nos boxes, na volta 11, e fez uma estratégia diferenciada em relação aos adversários. Com meia hora de corrida, nenhum dos 17 primeiros colocados havia feito a primeira parada. Os primeiros continuavam sendo Salas, Jimenez, Guerrieri, JP e Paludo. Jimenez liderava na classe GT3, e Guerra, em 13º, era o primeiro na 3.8, com o mesmo ritmo de alguns carros da 4.0.
Entre os que já haviam feito a primeira parada, os destaques eram os carros #5, de Sylvio de Barros e Cacá Bueno, o #1, que perdeu pouco tempo na parada, e o #100, com Gabriel Casagrande – a dupla perdeu apenas 0s6 em relação ao tempo mínimo de seis minutos para a primeira parada mandatória.
Na abertura da volta 21, Salas levou o carro aos boxes, e Jimenez assumiu a ponta. Na 3.8, Renan Guerra seguia ponteando à frente de Fernando Fortes, Maurizio Billi e Nelsinho Marcondes, que liderava na Sport. Com pista livre, Jimenez já abria sete segundos sobre Guerrieri na liderança – o piloto também liderava na classe GT3 com a máquina #29.
Renan Guerra levou o carro #45 para os pits na abertura da volta 23 quando já era o oitavo no geral. Pedrinho Aguiar voltou para a pista com o carro #20 depois de 6m02 de parada obrigatória – eles eram o 15º no geral. Na mesma volta 25, Jimenez entrou nos boxes, e Guerrieri reassumiu a ponta, com Nasr em terceiro. Filipe Albuquerque já era o quarto, à frente de Adalberto Baptista. Pela 3.8, nessa altura, a liderança era de Fernando Fortes no carro #32, em oitavo no geral.
Na marca de 45 minutos, Guerrieri, Nasr, Albuquerque, Adalberto Baptista, Billi e Marcondes eram os únicos pilotos que ainda não haviam entrado nos boxes. Já Paulo Totaro levou o carro #45 para os boxes pela segunda vez depois de apenas três voltas. Guerrieri em primeiro, Nasr em segundo, e Baptista em terceiro eram os únicos 4.0 sem paradas após 50 minutos de corrida, mas estes andavam na casa de 1m39, e outros pilotos que já haviam parado estavam na casa de 1m38. Os carros que já haviam tomado uma volta vinham descontando essa volta.
Enquanto isso, na volta 30, o carro de Rodrigo Mello fez contato com o #32 de Fernando Fortes, que se arrastou para os boxes com o carro andando de lado. Guerrieri entrou nos boxes com 31 voltas completadas, e Nasr, Adalberto e Billi, líder da 3.8, seguiam na pista. Baptista parou na volta 33, e Nasr entrou na volta seguinte, sendo o carro que mais alongou o primeiro stint. Com uma hora de corrida, o líder era Nasr, que estava parado nos boxes.
Após um stint muito sólido, o carro #100 foi o primeiro a entrar para a segunda janela de pit stop, com Casagrande em quinto no geral. Na cabeça da corrida, após a primeira rodada de pits, Alan Hellmeister liderava no carro #31, seguido por Felipe Baptista no #444, Cacá Bueno no #5, Rodrigo Mello no #29, que não sofreu danos no contato com o #32, e Vitor Baptista no #4.
Hellmeister liderava na GT3, e na 3.8 a ponta era do carro #77 com William Freire, à frente de Renato Braga no #00 e Gaetano di Mauro no #83. Leo Sanchez cedeu o carro #15 a Átila Abreu, em 16º no geral e quarto na categoria. O carro #20, com Pedrinho Aguiar, fez a segunda parada na volta 32 e partiu para o carro reserva.
Na 41ª volta, o carro #10 soltou fumaça e foi para a grama no Mergulho, e o #27, que havia feito um stint com o carro reserva, voltou para o titular. Felipe Baptista entrou nos boxes com o carro #444 depois de apenas dez voltas, na 42ª passagem. Hellmeister seguia na frente de Vitor Baptista, com uma parada só. Com dois pit stops, o melhor era Cacá Bueno. Na 44ª volta, os carros #18 e #3 tiveram um contato, e Fran Lara rodou mas voltou à pista quando era terceiro no geral.
Hellmeister entrou nos boxes na volta 45, após 1h20 de corrida, e Vitor, ainda com uma parada, assumiu a ponta. Pela 3.8, em quinto no geral, realizando a segunda parada, vinha William Freire no #77, e atrás estava Gaetano di Mauro estendendo seu stint. Vitor Baptista foi para os pits na 47ª volta, dando a liderança para Fran Lara, o que levou Christian e Marcelo Hahn ao terceiro lugar e Gaetano a quarto no momento em que este entrava para os boxes. Na Sport, César Urnhani liderava e era o sexto no geral, com um pit stop apenas realizado.
Com 50 voltas de corrida e 1h30 de prova, Fran Lara liderava no #3 à frente de Christian Hahn, César Ramos e César Urnhani – só esses carros tinham apenas uma parada. Entre os que já tinham dois pit stops, o melhor era #270, de Felipe Fraga e JP Mauro. Logo depois, todos os carros completaram dois pits. Entre os que já haviam feito antes as duas paradas, Fraga era o líder, à frente de Felipe Baptista e Luca Seripieri. Chico Horta, no carro #77, era o segundo na 3.8 atrás de Ramos, que estava nos boxes.
Na volta 58, Fraga teve contato no Laranjinha com o carro #10, que sofreu danos e se arrastou de volta aos pits. Já o vencedor das 24 Horas de Le Mans não teve a mesma sorte e foi forçado a abandonar enquanto liderava.
Felipe Baptista então assumiu a ponta, à frente de Filipe Albuquerque e Ricardo Maurício. Em quarto, liderando na GT3, estava Sylvio de Barros, uma posição à frente de Fran Lara. Na 3.8, César Ramos liderava em nono no geral. Em 15º, Nelsinho Marcondes ponteava na Sport.
Com duas horas de corrida, Ricardo Maurício, com duas paradas, liderava no carro #90, após o carro #444 entrar nos boxes na abertura da volta 65. Ricardinho entrou nos boxes duas voltas depois, enquanto Fran Lara seguia estendendo o stint, assumindo a ponta, e César Ramos já era o quarto no geral.
Com 2h20, a disputa da corrida era pelo segundo lugar, entre Alan Hellmeister e Vitor Baptista, um duelo direto que poderia valer a ponta, já que Lara ainda não havia parado pela terceira vez. Ao mesmo tempo, Guerrieri entrava para o quarto pit com o #444.
Na 3.8, César Ramos sustentava a liderança com o carro #99 em 11º no geral, à frente de Renan Guerra e Gaetano di Mauro. Logo depois, alguns carros já começavam a usar o limpador de parabrisa por causa de uma garoa que já caía na área dos boxes de Interlagos. A movimentação nos boxes foi grande, com possibilidade de a chuva apertar e ser necessária uma nova estratégia de pneus, um ingrediente a mais para uma corrida que já vinha excelente.
Forte candidato à vitória, o carro #444 teve de alongar o quarto pit e teve suas chances prejudicadas. O #31 entrou nos pits na abertura da volta 80, e com isso Vitor Baptista tentou abrir caminho e colocar uma distância porque sabia que ainda tinha duas paradas a fazer. Baptista parou na 84ª volta quando vinha pressionado por Alceu Feldmann no carro #100, que, apesar de estar algumas voltas atrás, era mais veloz naquele momento da prova. A disputa foi limpa, apimentada ainda por retardatários no meio.
Enquanto isso, no carro #7, Justin Allgaier deu uma escapada na pista úmida, mas voltou sem problemas. A 30 voltas da bandeirada, com 2h50, Zeca Feffer, com o carro #99, era o primeiro na geral e na 3.8, com Filipe Albuquerque em segundo e liderando no geral – Feffer tinha apenas três paradas. Em terceiro no geral e segundo na 3.8, estava Átila Abreu, à frente de Ricardo Zonta, com quatro pits realizados.
Com três horas de corrida, Dennis Dirani fez grande ultrapassagem por fora no carro #53 para assumir o sexto lugar. Os cinco primeiros eram Albuquerque, Zonta, Piquet, Feldmann e de Barros. O português entrou para o último pit na abertura da volta 98, e o segundo lugar era de Piquet, apesar de um contato com o carro #90. Em terceiro vinha Dirani no #18 e em quarto, Allgaier, no #7.
Na 99ª volta, Piquet entrou como líder para cumprir a última parada. Dirani e Allgaier ainda tinham quatro pits, e Albuquerque, parado nos boxes, era o quarto, com Zonta, já tendo feito o último pit em quinto. Na 3.8, Ramos e Feffer lideravam com o nono lugar no geral. Em 11º vinha Abreu, com quatro paradas e uma pendente.
Com Allgaier, Dirani e Piquet parados nos boxes, Vitor Baptista estava bem posicionado para reassumir a liderança, com seis segundos de vantagem para Zonta a 17 voltas do fim, e Casagrande 1s7 atrás. Com todos os ponteiros tendo feito as cinco paradas, Baptista liderava com 5s7 de vantagem sobre Zonta, que tinha Jimenez entre ele e o líder. Casagrande, Salas e Hellmeister, líder da GT3, completavam o top5 no geral.
Abreu era o sétimo no geral, mas ainda devendo uma parada obrigatória de 6 minutos.
Com 3h30, faltavam nove voltas para o fim, Vitor Baptista aumentava a vantagem sobre Zonta, que tinha três segundos de frente para Casagrande. Átila seguia liderando na 3.8, mas ainda devia um pit stop, feito na volta 110. Faltando cinco voltas, Piquet foi obrigado a abandonar o carro #33, que já tinha uma placa presa no parabrisa desde o último pit.
Nas voltas finais, Vitor seguiu mantendo a vantagem sobre Zonta, e a emoção ficou por conta do retorno de Átila Abreu após o último pit. O sorocabano voltou em segundo, atrás do #83. Reordenado o pelotão, Átila ficou em terceiro na classe e 17º no geral – Billi liderava à frente de Freire, mas essa combinação dava o título a Abreu e Leo Sanchez.
Na 115ª volta, Salas escapou da pista e foi ultrapassado por Hellmeister, mas conseguiu voltar ao traçado para terminar a prova e buscar um lugar no pódio.
No fim, Vitor Baptista conquistou a vitória para o carro #4, seguido por Zonta (carro #1), Feldmann (#100), Seripieri (#31) e Aguiar (#20). Hellmeister e Seripieri foram os vencedores na classe GT3, na 3.8 a vitória ficou com Marco e Maurizio Billi e Gaetano di Mauro no carro #83, com a dupla William Freire/Chico Horta (#77) em segundo e os campeões Átila Abreu/Leo Sanchez (#15) em terceiro. Adriano Buzaid e Raphael Miranda ficarem em quarto no #177, à frente de Zeca Feffer/César Ramos. Em 21º no geral, Nelsinho Marcondes e César Urnhani ficaram com a vitória na 3.8 Sport.

O que eles disseram
“Nossa, foi algo inesperado! A equipe conseguiu manter a cabeça erguida. Nós nos dedicamos muito para largar na frente e na volta de apresentação aconteceu algo com o Felipe, e a roda saiu. Largamos de último, o Felipe fez uma largada espetacular e ganhou muitas posições. Depois foi impor o ritmo, e aí veio a vitória!”
Vitor Baptista

“Eu adoro o Brasil agora! Estou muito feliz! Não estava acreditando depois do azar que tivemos quando vi a roda ir embora. Aí pensei ‘eu vim de Portugal para cá, não vou baixar os braços!’ E fomos à luta! Na largada, comecei logo a ultrapassar, tendo cuidado com os carros da 3.8, mas foi ataque ao máximo. O primeiro stint foi bem longo, bem duro, mas depois o Vitor fez um trabalho espetacular que ele esperava que eu fizesse não fosse o problema inicial, mas esse cara anda bem rápido!”
Filipe Albuquerque

“Estou muito feliz. A gente fez um grande trabalho e aproveitamos todas as oportunidades que tivemos. O Maurizio fez 32 voltas em um ritmo incrível, o mais longo de nós. Depois eu fiz uma boa entrada e o Marco também. Quando eu voltei, começou a chover e eu fiz duas pernas seguidas. Muitos colocaram pneus de chuva e eu fiquei com o slick. Depois o Marco entrou para fazer a última perna e foi brilhante, nos trazendo essa vitória.”
Gaetano di Mauro

“Alegria, comemoração e superação, não só minha, como do time. Foi um time dentro da pista e na minha recuperação, fora. Isso mostra que não somos nada sozinhos. A gente depende das pessoas, procuramos fazer o melhor. Precisamos melhorar bastante ainda, fomos campeões. É excelente, mas queremos ganhar corridas, isso está faltando para nós, e vamos buscar no ano que vem.”
Alan Hellmeister

“Aqui não é uma equipe, é um trabalho em família já. Eu falo para ele. Nós nos conhecemos como instrutor e aluno, passou um ano, virou uma amizade, e hoje é um irmão mais velho. Falo para ele que esse campeonato não foi para mim, foi para ele. É uma honra estar no carro com ele. Há um ano, lembro de tê-lo abraçado numa cadeira de rodas, e agora estou no lugar mais alto do pódio com ele. É muito mais do que qualquer motivação que eu preciso. Nós queremos ganhar, queremos ir atrás. Ser campeão é muito bom, mas ser campeão ganhando é muito melhor. Então, ainda tem um bom rio para remarmos para chegarmos onde queremos.”
Luca Seripieri

“O campeonato da Sprint foi difícil. A palavra azar define bastante, mas no Endurance fiz uma baita parceira com o Zonta e a Shell, e passamos perto de ganhar o campeonato. Para falar a verdade, eu não estava controlando a pontuação do Overall, e foi uma baita surpresa. É legal para começar o ano que vem com a corda toda de novo, vamos brigar pelo título de novo.”
Werner Neugebauer

“A temporada teve altos e baixos. Tive algumas corridas difíceis, mas evolui. Consegui melhorar cada vez mais meu tempo. Ontem fiz um tempo melhor do que o da Fórmula um que já era melhor do que o do começo do ano.Estou pegando cada vez mais experiência eestou muito contente. O Campeonato de overall é muito bacana, fomos muito bem no campeonato de Endurance, mas o Átila e o Léo mereceram. Foi um ano muito bom, o balanço é altamente positivo.”
Chico Horta

“Nem o melhor roteirista escreveria o campeonato dessa maneira. Foi a minha estreia na Porsche, que eu sempre acompanhei de fora, mas, com a entrada do Leo na categoria, vim a algumas corridas para conhecer um pouco mais, e aceitamos o desafio de fazer a Endurance. Sempre com o desafio de melhorar, o Leo está estreando no automobilismo. Mas em Portugal surpreendemos e ganhamos a corrida, o que nos animou. Em Goiânia, sem safety car e uma estratégia que não demandou tanto, o Leo deu show na pista, foi muito bem, elevou muito o nível de pilotagem dele. Aqui em São Paulo, sabíamos que seria difícil, é a casa de todo mundo, mas jogávamos com o resultado a nosso favor. Tentamos chegar entre os três, e entre os três chegamos. Estou muito feliz e quero parabenizar o Leo pelo trabalho, sei que algumas vezes fui chato com ele, fui bem exigente, mas era justamente para alcançar o objetivo e mostrar que vale a pena. Quero agradecer ao Dener Pires e a toda a equipe da Porsche por ter nos acolhido tão bem, e dizer que no ano que vem estaremos de volta para defender o título.”
Átila Abreu

“Valeu cada puxão de orelha, estou até rouco de tanto torcer por ele. Também é a minha primeira vez num campeonato de Endurance. Venho tendo uma evolução, com os conselhos do Átila, com toda a assessoria que ele me dá, o que ele não sabe e eu também não sei, ele traz alguém que sabe. Em Portugal a vitória deu um clique na minha cabeça e consegui evoluir. Em Goiânia, consegui fazer uma boa prova, e terminamos em primeiro. Em Interlagos sabia que seria mais difícil por ser a casa de todo mundo, mas conseguimos evoluir e ganhar o campeonato. Aí, Dener, estamos na história!”
Leo Sanchez

“Perdemos muito tempo no começo da corrida com o problema no carro titular. Tivemos que fazer a troca e o Werner voltou com o carro reserva e teve um ganho alto de velocidade. Se a gente largasse sem esse problema seria diferente. Foi bom, nos adaptamos ao carro e fizemos algumas alterações durante a corrida. No começo ele estava muito traseiro, ruim de guiar. Conseguimos solucionar isso e tiramos muita vantagem. “
Ricardo Zonta

“Foi uma experiência muito legal, estão todos de parabéns. Foram disputas limpas e estou muito contente com o terceiro lugar. Saímos de 15º e terminamos perto do primeiro, foi uma corrida muito legal. Quero agradecer todo mundo que fez isso acontecer e espero voltar mais vezes. Me senti muito bem e quero participar mais vezes desse evento.”
Gabriel Casagrande

“Foi uma corrida muito boa, tivemos um problema que fez a gente perder 40 segundos e aí não sei se por isso escapou a vitória. Tirando isso fizemos uma boa corrida e estamos felizes com o resultado. Estou extremamente feliz e vamos par ao ano que vem que tem mais. ”
Pedro Aguiar

“A corrida foi bem difícil. Nosso ritmo era espetacular nas primeiras voltas, mas na segunda parte o carro quebrou. Acabamos perdendo muito tempo e atrapalhou demais a gente. ”
Guilherme Salas

“Foi uma pena, até ter o problema estávamos em primeiro em um ritmo muito bom. O Vitor estava atrás e com certeza iríamos terminar perto. É uma pena, tínhamos tudo para ganhar e acabou furando o radiador, não sabemos o motivo, mas isso fez a gente perder muito tempo. Consegui ser rápido na chuva, mas perdemos muito tempo com a parada dupla. O fim de semana foi muito bom, mostramos que estávamos competitivos. Foi um fim de semana incrível.”
Felipe Baptista

“Acabamos pagando o preço por ter largado mais atrás. O Sylvio fez um bom quali, mas eu não e isso fez a gente largar umas cinco posições atrás. O primeiro stint foi um pouco complicado, recuperei no segundo e o Sylvio acabou sendo tocado e rodando na sua segunda entrada e a gente perdeu tempo. Porém a partir daí a gente fez uma corrida perfeita, ele fez um stint muito bom na chuva, mas o Allan estava inalcançável. No final eu guardei o carro para chegar e garantir mais um segundo lugar na classe e um sexto no geral. Estamos felizes com o vice-campeonato, foi um bom ano.“
Cacá Bueno

“A gente tinha um ritmo bom, parecido com os carros da frente. Tive algumas dificuldades em ultrapassar os carros nos meus stints e perdi um pouco de tempo. Acho que está ótimo esse segundo lugar na categoria. Era tudo o que a gente conseguiria, não dava para alcançar o Allan.”
Sylvio de Barros

“Foi muito bacana, tivemos um problema com o carro ontem que dificultou nosso rendimento. Já hoje fizemos o que sempre estamos acostumados e o começo da corrida foi fantástico. Saí de 14º para primeiro em poucas voltas foi muito legal. Eu gostei, mostramos o nosso potencial. Sabiamos que seria um pouco complicado com três pilotos, mas mesmo assim fizemos um pódio. Isso me deixa contente. “
Sergio Jimenez

“Estávamos muito bem, mudamos a estratégia logo no começo e no fim deu certo. Estiquei meu stint e começou a chover. Parei em um bom momento só que arrisquei sair com os pneus de chuva, mas não choveu o suficiente para molhar a pista e acabou dando errado. A gente tinha muita chance de vencer, acreditamos até a última volta e acabou não dando certo. Ficou um gosto de que podia ser melhor, mas foi bom. Terminamos em terceiro e quase fomos campeões.
Renan Guerra

“Foi gostoso, difícil, mas gostoso. Tive alguns problemas, mas foi um bom. O nosso maior troféu são os amigos que temos aqui. Todos se gostam, brigam na pista, mas se gostam. Isso é muito bonito e não tem dinheiro que pague. Me emocionei quando abracei o Léo, um menino que conheci aqui e fiz uma grande amizade. O Átila eu já conhecia desde os tempos do kart, estou feliz por eles. O Dener conseguiu agragar uma turma sensacional. O Nível aqui é muito acima, é muito bacana estar aqui”.
Paulo Totaro

“Tivemos o Vitor Gens como coach e trabalhamos muito durante o fim de semana. Corri em 2012 com ele e foi muito bacana, ele nos ajudou muito durante a etapa mostrando alguns atalhos da pista. É diferente ter um piloto profissional por trás da gente. Chegamos a andar em segundo na nossa classe e aí teve um problema com os pneus. Tivemos que ir nos adaptando e o César foi sensacional, nós nos completamos e isso é muito bom. Ser campeão no primeiro ano é sensacional. “
Nelsinho Marcondes

“Foi super bacana. Estou cada vez mais apaixonado pela categoria e pelo campeonato. Fazer essa parceria com o Zeca foi muito especial. É legal ver a evolução dele, nossa função é fazer eles evoluírem e vimos fazendo isso durante a etapa. Disputamos na frente, mas a estratégia acabou não funcionando. Mas o Zeca conseguiu uma boa ultrapassagem no final e nos deu esse pódio. “
Cesar Ramos

“A experiência foi muito legal. Esse evento é nota mil e o Cesar nos salvou de novo. Errei no começo, mas ganhei experiência. Ano que vem voltarei mais forte. “
Zeca Feffer

“Isso tudo é a realização de um sonho. A gente começou esse ano querendo conhecer a categoria e fomos crescendo durante o ano e entendo como ela funciona. Renovamos o patrocínio com a Michelin e a YTF e estaremos aqui novamente ano que vem. Estou muito feliz, agradeço meu filho e ao meu parceiro que guiou muito. “
Cesar Urnhani

“Foi complicado no começo. O Carlinhos teve um problema e largamos lá atrás. No começo ficamos preso no trânsito, mas depois conseguimos imprimir um bom ritmo. Estávamos atrás, mas aí veio a chuva e ajudou a gente. Por conhecer bem o carro consegui tirar uma boa vantagem do pessoal da frente. No último stint, voltei em terceiro e deu tudo certo no final. Fomos terceiro no campeonato, foi bastante divertido. “
Dennis Dirani

Resultado da prova
1. #4 Vitor Baptista e Filipe Albuquerque, 117 voltas em 3:44:53.953
2. #1 Werner Neugebauer e Ricardo Zonta, a 11.062
3. #100 Alceu Feldmann e Gabriel Casagrande, a 12.785
4. #31 Luca Seripieri e Alan Hellmeister*, a 22.992
5. #20 Pedro Aguiar e Guilherme Salas, a 25.424
6. #5 Sylvio de Barros e Cacá Bueno*, a 43.764
7. #18 Carlos Ambrosio e Dennis Dirani*, a 1 volta
8. #7 Miguel Paludo e Justin Allgaier, a 1 volta
9. #27 Ricardo Baptista e Lucas di Grassi, a 1 volta
10. #444 Felipe Baptista e Esteban Guerrieri, a 2 voltas
11. #29 Rodrigo Mello, Sergio Jimenez e Neto*, a 2 voltas
12. #16 Marcelo Hahn e Christian Hahn*, a 2 voltas
13. #83 Maurizio Billi, Marco Billi e Gaetano di Mauro* (3.8), a 3 voltas
14. #77 Francisco Horta e William Freire* (3.8), a 4 voltas
15. #90 Eduardo Azevedo e Ricardo Mauricio, a 4 voltas
16. #15 Leonardo Sanchez e Átila Abreu* (3.8), a 4 voltas
17. #177 Raphael Miranda e Adriano Buzaid* (3.8), a 4 voltas
18. #99 Zeca Feffer e Cesar Ramos* (3.8), a 4 voltas
19. #45 Paulo Totaro e Renan Guerra* (3.8), a 4 voltas
20. #00 Marcelo Tomasoni e Renato Braga, a 6 voltas
21. #26 César Urnhani e Nelsinho Marcondes** (3.8), a 6 voltas
22. #33 Daniel Schneider e Nelson Piquet Jr., a 7 voltas
23. #50 Ramon Alcaraz e Márcio Mauro** (3.8), a 7 voltas
24. #3 Fran Lara e Felipe Nasr*, a 14 voltas
25. #53 Rodolfo Toni e Danilo Dirani*, a 15 voltas
26. #270 JP Mauro e Felipe Fraga, a 60 voltas
27. #81 Gil Farah e Enzo Elias*, a 81 voltas
28. #32 Fernando Fortes e Guilherme Reischl* (3.8), a 91 voltas
29. #87 Nelson Monteiro, Lucas Salles e Ayman Darwich** (3.8), a 109 voltas
Desclassificado:
#10 Adalberto Baptista e Bruno Baptista*
*GT3 Cup
**Sport

Os campeonatos
Carrera 4.0
1. Luca Seripieri, 205 pontos
Alan Hellmeister, 205
2. Pedro Aguiar, 191
Guilherme Salas, 191
3. Werner Neugebauer, 185
Ricardo Zonta, 185
4. Miguel Paludo, 151
5. Daniel Schneider, 145
Nelson Piquet Jr., 145
6. Ricardo Baptista, 142
Lucas di Grassi, 142
7. Sylvio de Barros, 133
Cacá Bueno, 133
8. Carlos Ambrósio, 122
Dennis Dirani, 122
9. Vitor Baptista, 116
Filipe Albuquerque, 116
10. Eduardo Azevedo, 115
Ricardo Maurício, 115
11. Justin Allgaier, 96
12. Alceu Feldmann, 94
Gabriel Casagrande, 94
13. Rodolfo Toni, 90
Danilo Dirani, 90
14. Sérgio Jimenez, 80
15. Rodrigo Mello, 74
16. Adalberto Baptista, 69
Bruno Baptista, 69
17. Neto, 58
18. Beto Gresse, 55
19. Gil Farah, 48
20. Felipe Baptista, 45
Esteban Guerrieri, 45
21. Enzo Elias, 42
22. Marcelo Hahn, 36
Christian Hahn, 36
23. Fran Lara, 26
Felipe Nasr, 26
24. Marcel Coletta, 22
25. Carlos Renaux, 20
26. Costa, 18
27. Marcelo Franco, 16
28. Tom Filho, 14
29. JP Mauro, 0
Felipe Fraga, 0

GT3 4.0
1. Luca Seripieri, 264
Alan Hellmeister, 264
2. Sylvio de Barros, 196
Cacá Bueno, 196
3. Carlos Ambrósio, 158
Dennis Dirani, 158
4. Rodolfo Toni, 140
Danilo Dirani, 140
5. Sérgio Jimenez, 118
6. Rodrigo Mello, 100
7. Adalberto Baptista, 96
Bruno Baptista, 96
8. Neto, 88
9. Gil Farah, 72
10. Fran Lara, 60
Felipe Nasr, 60
11. Enzo Elias, 54
12. Marcel Coletta, 30
13. Carlos Renaux, 24
14. Costa, 18
15. Marcelo Franco, 12
16. Tom Filho, 6

Carrera 3.8
1. Léo Sanchez, 230
Átila Abreu, 230
2. Chico Horta, 209
William Freire, 209
3. Paulo Totaro, 174
Renan Guerra, 174
4. Zeca Feffer, 160
César Ramos, 160
5. Marcelo Tomasoni, 156
6. Marco Billi, 142
Maurizio Billi, 142
7. Nelsinho Marcondes, 134
César Urnhani, 134
8. Ramon Alcaraz, 126
Márcio Mauro, 126
9. Raphael Miranda, 125
Adriano Buzaid, 125
10. Renato Braga, 123
11. Gaetano di Mauro, 116
12. Pedro Costa, 79
13. Nelson Monteiro, 72
14. Pedro Marreiros, 36
Paulo Pinheiro, 36
15. Felipe Baptista, 33
16. Eduardo Menossi, 29
17. Georgios Frangulis, 26
Ayman Darwich, 26
18. Fran Lara, 24
Nonô Figueiredo, 24
19. Matheus Iorio, 22
20. Sang Ho Kim, 0
Fernando Fortes, 0
Guilherme Reischl, 0
Lucas Salles, 0

GT3 3.8
1. Léo Sanchez, 224
Átila Abreu, 224
2. Chico Horta, 202
William Freire, 202
3. Paulo Totaro, 152
Renan Guerra, 152
4. Marco Billi, 132
Maurizio Billi, 132
5. Zeca Feffer, 126
César Ramos, 126
6. Gaetano di Mauro, 120
7. Raphael Miranda, 106
Adriano Buzaid, 106
8. Nelsinho Marcondes, 100
César Urnhani, 100
9. Ramon Alcaraz, 90
Márcio Mauro, 90
10. Pedro Costa, 66
11. Nelson Monteiro, 48
12. Pedro Marreiros, 24
Paulo Pinheiro, 24
13. Eduardo Menossi, 18
14. Georgios Frangulis, 12
Ayman Darwich, 12
15. Fran Lara, 6
Nonô Figueiredo, 6
16. Matheus Iorio, 0
Sang Ho Kim, 0
Fernando Fortes, 0
Guilherme Reischl, 0
Lucas Salles, 0

Sport 3.8
1. César Urnhani, 240
Nelsinho Marcondes, 240
2. Ramon Alcaraz, 220
Márcio Mauro, 220
3. Pedro Costa, 120
4. Nelson Monteiro, 72
5. Eduardo Menossi, 48
6. Marco Billi, 42
Maurizio Billi, 42
Georgios Frangulis, 42
Ayman Darwich, 42
7. Sang Ho Kim, 0
Lucas Salles, 0

Por: Luis Ferrari

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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