Em jogaço, Mogi das Cruzes/Helbor elimina Flamengo e avança para inédita final

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Pela primeira vez na história, o Mogi das Cruzes/Helbor conquistou de forma impecável uma vaga na final do campeonato brasileiro de basquete – o NBB. A decisão aconteceu em cima de ninguém mais, ninguém menos do que o poderoso Flamengo – campeão cinco vezes do NBB.

A série melhor de cinco terminou em 3 a 1 neste sábado (12), no Ginásio Hugo Ramos, com o placar elástico do jogo em 89 a 72 favorável ao time mogiano. Aliás, os mogianos também mostraram a sua força nas arquibancadas, que ficaram lotadas com 5.000 apaixonados pela bola laranja. A série entre as duas equipes foi com uma boa vitória do Mogi das Cruzes/Helbor nos dois primeiros jogos por 79 a 62 e 74 a 88 e uma derrota na Arena Carioca na terceira partida por 71 a 64. Com o resultado desta tarde, o Flamengo está eliminado da décima edição do NBB 10 e Marcelinho Machado se aposenta das quadras aos 43 anos. Mogi das Cruzes/Helbor agora espera o resultado do jogo desta segunda (14) entre Bauru e Paulistano para conhecer seu adversário nas finais. A série deles está empatada em 2 a 2.

Decisivo para o resultado desta tarde, Shamell Stallworth, o Shamonster, foi o cestinha da partida com quase metade do placar: incríveis 40 pontos – recorde dele em pontos no NBB e também em uma semifinal. Larry Taylor também se destacou com 12 pontos, oito rebotes e seis assistências, Jimmy Dreher, também com 12 pontos, e Fabricio Russo com 11. “Aqui é a casa do Shamell! Vocês não sabem o que eu estou sentindo! Depois de anos aqui, aos meus 37, disputar a primeira vez a final me deixa sem palavras! Isso não é para mim, é para a cidade. Mogi [das Cruzes]merece isso”, comemora o camisa 24, dono da maior eficiência do jogo: 36. “Chegar a uma final em cima de um time como o Flamengo gera um sentimento maravilhoso. As coisas que a gente quer nunca chegam na hora que a gente quer. Tem que continuar trabalhando e lutando. Desde que cheguei aqui há quatro anos conseguimos conquistas internacionais, paulista, e a gente continuou brigando. Mas Shamell sendo Shamell, fez coisas de Shamell hoje (risos). A energia da torcida foi muito boa! Até a bola caiu”, brincou o ala norte-americano.

“Foi um jogo muito trabalhado e muito construído. A diferença não reflete o que foi o jogo e nós soubemos do terceiro quarto para a frente ir encaminhando a vitória, fazendo um jogo bem aberto com o Fabricio e um time mais leve. Eles tiveram um pouco de dificuldade nessa parte tática e as coisas foram acontecendo. Volto a falar que Flamengo foi duro na série, apesar das diferenças nos jogos. Resumindo [a classificação]em uma palavra, foi comprometimento. De todos, jogadores, diretoria, comissão técnica, patrocinadores, todos estão muito comprometidos com o time. Vamos descansar e segunda começamos a trabalhar pensando no próximo adversário. Mas a equipe chega em um momento muito bom e completamente focada. Agora vamos brigar uma nova série para disputar o título. Me sinto orgulhoso de continuar competitivo na minha 20ª temporada como técnico, mas fico muito mais feliz por Mogi, que disputa a primeira final. É histórico”, salienta o técnico Guerrinha.

O jogo foi bastante equilibrado e ficou praticamente empatado durante todo o primeiro tempo, mas na volta do intervalo o time de Guerrinha voltou com sangue nos olhos e já abriu ampla vantagem na metade do terceiro quarto em diante. Nos placares parciais, 17 a 15 no primeiro quarto e 19 a 22 no segundo. No segundo tempo da partida, domínio mogiano: 26 a 14 no terceiro período e 27 a 21 no último.

VITÓRIA FORA DAS QUADRAS

Após a partida, o economista Henrique Borenstein, que preside o Conselho de Administração da Helbor Empreendimentos S.A., desceu ao vestiário para parabenizar os atletas pela conquista e anunciou a renovação do patrocínio máster com o time por mais uma temporada.

Por Nina Regato – Timeline Comunicação

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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