Shell Racing volta ao pódio com Átila Abreu após ultrapassagem na última volta em Curvelo

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Piloto do carro #51 sobe na classificação do campeonato; Ricardo Zonta mostra velocidade e marca pontos nas duas corridas

Num domingo de fortes emoções em Curvelo (MG), Átila Abreu levou a Shell Racing de volta ao pódio na temporada-2017 da Stock Car com um terceiro lugar na segunda prova, com direito a uma ultrapassagem na última volta.

Ricardo Zonta também teve um domingo de bons resultados e, na primeira bateria, apareceu em terceiro na cronometragem mas depois foi movido ao quarto lugar, o que motivou protesto da Shell Racing. Zonta ainda foi um dos três contemplados com o Fan Push, um acionamento extra do botão de ultrapassagem após votação na internet.

Com os resultados em Minas Gerais, Átila subiu na classificação do campeonato, de quinto para quarto, e agora soma 136 pontos, a 42 da liderança. Zonta se aproximou do top10 na tabela, subindo para 11º, com 74º.

Na primeira corrida, Zonta manteve o quarto lugar no começo e depois assumiu o terceiro lugar após passar Ricardo Maurício. O paranaense perdeu a posição na janela de pit stops e depois trocou acionamentos do botão de ultrapassagem com o adversário.

Zonta iniciou a última volta em terceiro lugar mas não tinha mais acionamentos do push to pass, enquanto Maurício tinha. No fim, os dois carros cruzaram a linha de chegada lado a lado e a cronometragem apontou 0s010 de vantagem para Zonta. Mas após correção visual da direção de prova, Maurício foi apontado como terceiro.

Depois da corrida, o chefe da Shell Racing, Thiago Meneghel, subiu à torre para protestar contra o resultado, baseado no artigo 128 do Código Desportivo de Automobilismo (CDA), que aponta o seguinte:

“Será válida, como classificação oficial, única e exclusivamente aquela registrada e declarada pela cronometragem”

Já Átila Abreu pulou de 11º para décimo na largada e por ali permaneceu até a rodada de reabastecimentos. O piloto do carro #51 fez seu pit stop mas ficou preso num tráfego com vários outros pilotos que entraram ao mesmo tempo nos boxes e caiu para 12º, onde ficou até a bandeirada.

Na segunda corrida, Átila ganhou duas posições na largada e depois caiu para 11º, enquanto Zonta manteve a sétima colocação no começo. Na estratégia de pit stops, Átila permaneceu na pista até o fim da janela e, com uma parada excepcional no box, se posicionou em quarto.

Zonta foi acertado por outro competidor quando estava chegando à sua posição de parada nos boxes e com isso perdeu tempo, voltando em décimo, no meio de um grande grupo de carros, e longe dos ponteiros.

Nas voltas finais, Átila partiu para cima de Rafa Suzuki e conquistou o pódio com uma bela ultrapassagem na abertura da última volta, enquanto Zonta confirmou o carro #10 entre os dez primeiros, somando mais pontos importantes para o campeonato.

A próxima etapa será uma novidade no calendário da Stock Car: pela primeira vez a categoria vai visitar o Vello Cittá, localizado em Mogi-Guaçu, interior de São Paulo. A rodada dupla será disputada dia 6 de agosto.

Resultado 1ª corrida:

1º F.Fraga – 41m56s996
2º D.Serra – a 1s610
3º R.Maurício – a 2s507
4º R.Zonta – a 2s597
5º M.Wilson – a 5s548
6º J.Campos – a 6s668
7º C.Bueno – a 7s314
8º T.Camilo – a 7s679
9º R.Suzuki – a 8s221
10º G.Casagrande – a 8s468
12º Á.Abreu – a 9s643

Resultado 2ª corrida:

1º G.Casagrande – 42m27s709
2º T.Camilo – a 2s448
3º Á.Abreu – a 7s337
4º F.Fraga – a 8s977
5º R.Suzuki – a 10s224
6º D.Serra – a 10s308
7º R.Maurício – a 11s799
8º C.Bueno – a 12s915
9º M.Wilson – a 12s923
10º R.Zonta – a 13s183

Campeonato:

1º D.Serra – 178 pontos
2º T.Camilo – 157
3º M.Wilson – 148
4º Á.Abreu – 136
5º R.Maurício – 129
6º F.Fraga – 123
7º R.Barrichello – 121
8º C.Bueno – 115
9º M.Gomes – 106
10º J.Campos – 75

O que eles disseram:

“Foi um fim de semana muito positivo. O carro se comportou bem em todos os treinos, classificação e corrida. Na primeira corrida, sofremos um pouco com o desgaste do pneu traseiro, com isso estava difícil de se manter próximo aos carros da frente. No pit stop, saí e o Ricardo Maurício saiu junto na outra volta e tinha a preferência, não consegui a ultrapassagem. Na última volta, estava em terceiro, sem push na última volta e ele tinha, então foi na linha de chegada mesmo que ele me passou. Na segunda corrida, larguei bem e não me envolvi em nada. Eu estava à frente do Felipe Fraga, bem constante, e no pit stop, outro carro bateu no meu e prejudicou a minha parada porque o carro ficou torto e perdeu tempo para colocar o combustível, e voltei no meio do bolo, quando os outros carros estavam saindo do pit, e perdi mais tempo. O pelotão da frente foi embora e fiquei para trás. Foi difícil, porque eu poderia ter saído à frente desse bolo. Usei o Hero Push, que foi bem legal e usei na última volta”

Ricardo Zonta, piloto do carro #10

“Foi um fim de semana de aprendizado, com altos e baixos, começando bem os treinos e nem tanto na classificação. Na primeira corrida, largando em 11º, abastecemos muito e, com o safety car, poderíamos ter pulado para o grupo dos primeiros no grid invertido e ter tido um ritmo melhor se tivéssemos abastecido menos. Com isso, minha tática foi a de usar o mínimo de pushes no começo da segunda corrida. Tive sorte que o pessoal atrás de mim se embolou. Tentei virar rápido, mas o pessoal da frente gastou muitos pushes. Quando vi que ia abrir a janela, comecei a usar os pushes um atrás do outro e fiquei na pista o máximo possível para tirar a diferença. Deu certo, ficamos em quarto, achei que não tinha mais ritmo para perseguir o Suzuki, pois abastecemos menos na segunda corrida. Daí começou a acender a luz de combustível, não sabia se era falta de gasolina, mas vi que o Suzuki começou a ficar aí fui para cima. Passei sem push e na última volta vim só rezando para fazer esses pontos importantes para o campeonato”

Átila Abreu, piloto do carro #51

“Foi um fim de semana positivo. O Zonta fez uma brilhante primeira corrida e no nosso entendimento foi o terceiro colocado, todos sabem a dificuldade de um pódio na Stock. O Átila largou um pouco mais de trás e arriscamos na estratégia de colocar um pouco mais de combustível, mas todos os outros carros fizeram o contrário, e isso custou as duas posições que teríamos para ele largar na pole na segunda prova com o grid invertido. Na segunda prova ele brigaria pela vitória, porque ele largou em 12º e chegou em terceiro, sem safety car. Ou seja, isso custou alguns pontos na briga pelo campeonato. A equipe poderia ter arriscado um pouco menos e colocar menos gasolina para ele. Mas sair com um pódio não é nada ruim. Quanto ao Zonta, na segunda corrida, o incidente no box custou algum tempo para ele. O Zonta estava a um metro do ponto de parada e a outra equipe liberou o carro antes da hora, não tem muito o que ser feito. Em relação à chegada da primeira prova, confiamos nas pessoas responsáveis por julgar essa questão, e esperamos a decisão correta”

Thiago Meneghel, chefe da Shell Racing

Sobre a plataforma da Raízen em motorsport:

A Raízen, por meio da marca Shell, promove a maior plataforma de patrocínio em esporte a motor no Brasil, a Academia de Pilotos Shell Racing. A marca apoia nove pilotos entre as modalidades do kart, Brasileiro de Turismo, Stock Car e Porsche Império GT3 Cup. O projeto está em linha com a estratégia global da marca, que, além do mais longevo patrocínio do automobilismo mundial com a Scuderia Ferrari na F1, está presente na Nascar, Indycar, DTM, V8 Australiana e Campeonato Mundial de Endurance.

Sobre a Raízen:

A Raízen se destaca como uma das empresas de energia mais competitivas do mundo e uma das maiores em faturamento no Brasil, atuando em todas as etapas do processo: cultivo da cana, produção de açúcar, etanol e energia, comercialização, logística interna e de exportação, distribuição e varejo de combustíveis. A companhia conta com cerca de 30 mil funcionários, que trabalham todos os dias para gerar soluções sustentáveis que contribuam para o desenvolvimento do país, como a produção de bioeletricidade e etanol de segunda geração a partir dos coprodutos da cana-de-açúcar. Com 24 unidades produtoras, a Raízen produz cerca de 2,1 bilhões de litros de etanol por ano, 4,5 milhões de toneladas de açúcar e tem capacidade para gerar cerca de 940 MW de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A empresa também está presente em 66 bases de abastecimento em aeroportos, 67 terminais de distribuição de combustível e comercializa aproximadamente 25,2 bilhões de litros de combustíveis para os segmentos de transporte, indústria e varejo. Conta com uma rede formada por mais de 6.000 postos de serviço com a marca Shell, responsáveis pela comercialização de combustíveis e mais de 950 lojas de conveniência Shell Select. Além disso, a companhia mantém a Fundação Raízen, que busca estar próxima da comunidade, oferecendo qualificação profissional, educação e cidadania. Criada há mais de 14 anos, a Fundação Raízen possui seis núcleos no interior do estado de São Paulo e um em Goiás e já beneficiou mais de 13 mil alunos e mais de 4 milhões de pessoas com ações realizadas desde 2012.

Por Luis Ferrari

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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