Foi da largada para o 28º Sertões com Fabrício Bianchini/Adhemar Pereira no Buggy V6

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Nesta primeira etapa rumo ao Distrito Federal, uma Especial de 205 quilômetros abra a tomada de tempo para o maior rali das Américas

Fabrício Bianchini vai comemorar sua 20ª participação no maior rali das Américas, a partir deste sábado (31), quando começa para valer a 28ª edição e, da melhor maneira possível, pilotando o Buggy V6, Motor Amarok, 4×2, preparado pela MEM Motorsport. Na sexta-feira, os competidores participaram do Prólogo que definiu a ordem do grid de largada, em um percurso de menos de 5 quilômetros, com trechos travados, curvas fechadas e alguns saltos para aquecer os motores.

“Estou realizando um sonho que era o de pilotar esse bugão no Sertões. Agora vamos começar a nos divertir e usar o que aprendi nesses anos de rali. Mas também não quero pisar muito fora do trilho para não arriscar e ter surpresas”, explica Bianchini (Barueri/SP) que completou o Prólogo em 5m07s, em 7º na Open. O piloto também acompanha de perto o comando de sua equipe Bianchini Rally/Power Husky que está com sete motos e seis UTV no grid.

A dupla #306 vai competir pela categoria Open com mais oito Buggies e terá aproximadamente 5 mil quilômetros para acelerar, de Bolha em Bolha, para cruzar SP, MG, DF, GO, TO e MA, até 7 de novembro, quando o rali termina no litoral maranhense.

“Meu 11º ano no Sertões e a primeira vez correndo de carro. Estou super feliz e totalmente focado. Pretendemos levar esse bugão, sem furar um pneu, até Barreirinhas (MA)”, afirma o cearense Adhemar Pereira, conhecido como Índio no off-road, que já disputou nove edições nas motos eu uma vez de UTV, como navegador.

Neste primeiro dia, terão 205 quilômetros de Especial (trecho cronometrado) de um total de 585, rumo a Bolha do Distrito Federal. No percurso região montanhosa, estradas entre fazendas, muitas pedras, abismos que exigirá técnica e habilidade de pilotos e navegadores.

Resultados completos do Prólogo da categoria Open https://cutt.ly/ggIDtoM

Roteiro completo do Sertões 2020 (sujeito à alterações)*

31/10/2020 – sábado
1ª etapa – Velocitta / Mogi Guaçu (SP) a ponto do deslocamento para a Bolha 1
Deslocamento inicial: 260 km
Trecho especial: 205 km
Deslocamento final: 120 km
Total: 585 km
O Sertões 2020 tem início com uma especial em região montanhosa, muito bonita, em estradas de piçarras. O trecho traz lombas e pontos sem visão. No km 30, começa a subida de uma serra com lajes de pedra e abismos dos dois lados, onde a navegação será fundamental. A partir do km 100, haverá estradas vicinais estreitas dentro de pequenas fazendas. Os últimos 20 km serão mais rápidos, em uma zona agrícola. 

1/11/2020 – domingo
Dia de deslocamento inicial e manutenção
Deslocamento até Bolha 1: 580 km
 
2/11/2020 – segunda-feira
2ª etapa – Bolha 1 / DF a Bolha 2 / GO – 1ª parte Maratona “Renê Melo”
Deslocamento inicial: 159 km
Trecho especial: 353 km
Deslocamento final: 0 km
Total: 512 km
No segundo dia da prova, será realizada a parte inicial da Etapa Maratona, batizada de Renê Melo – piloto de carro falecido em maio deste ano que participou diversas vezes do Sertões. Sem poder contar com qualquer auxílio das equipes de apoio, os competidores encaram a especial de 350 km que promete estar entre as mais duras e completas da edição 2020. O trecho começa rápido, com mata-burros e pontes (em algumas delas haverá radar). Ao chegarem em uma fazenda particular, haverá uma subida de serra em trial, na qual será preciso muita atenção. No alto, diante de um visual incrível, os competidores seguem pelo topo da serra, marcado por lajes de pedra. Saindo da fazenda, as velocidades serão maiores em uma estrada rápida, de pilotagem prazerosa, mas com algum fesh fesh. Haverá travessia por um rio até atingirem uma pista travada e estreita. Nos últimos 50 km da especial, a velocidade volta a subir até chegarem na zona de radar, terminando dentro do parque de apoio.

3/11/2020 – terça-feira

3ª etapa – Bolha 2 / GO a Bolha 3 / GO – 2ª parte Maratona “Paulo Gonçalves”
Deslocamento inicial: 0 km
Trecho especial: 200 km
Deslocamento final: 169 km
Total: 369 km
Na segunda parte da Etapa Maratona, o homenageado será o piloto português de motocicleta Paulo Gonçalves, que faleceu após um acidente no Rally Dakar 2020. O dia promete ser bem completo, mesclando velocidades altas, médias e baixas. Apesar dos 10 km iniciais bem velozes, a especial logo entra em uma dura subida de serra, com muitas pedras, depressões, pontos sem visão e trechos sinuosos com abismos dos dois lados. Após muito sobe e desce, na metade da especial, por volta do km 100, haverá uma longa descida. O piso terá fesh fesh e exige cautela nas ultrapassagens. Os competidores passarão por dois grandes rios com pedras e vão encarar uma serra íngreme no final, por região não povoada e solo com muitas pedras e cascalhos. 

4/11/2020 – quarta-feira
4ª etapa – Bolha 3 / GO a Bolha 4 / TO

Deslocamento inicial: 26 km
Trecho especial: 329 km
Deslocamento final: 295 km
Total: 650 km
O dia começa muito rápido, no estilo das especiais no Campeonato Mundial de Rally (WRC), e fica mais lento quando entra em um trecho com mata-burros, pedras e pontes – em algumas delas haverá radar. O grande desafio será o trecho de 60 km de areia, no qual a navegação será exigida ao máximo. Após o abastecimento, os competidores enfrentarão caminho travado e pontos de trial, em terreno característico de cerrado. Nos últimos 60 km, curvas de altas velocidades e chão com piçarra. 

5/11/2020 – quinta-feira
5ª etapa – Bolha 4 / TO a Bolha 5 / MA
Deslocamento inicial: 99 km
Trecho especial: 227 km
Deslocamento final: 284 km
Total: 610 km
Apesar dos km iniciais travados, a especial imprime altas velocidades em um trecho de areia, ao lado de uma plantação de eucaliptos. O terreno arenoso fica bem mais pesado até a metade do trajeto, quando assume as características do Jalapão, no Tocantins. Os competidores encerram a especial em terreno de piçarra, onde poderão atingir altas velocidades e sentir o prazer da pilotagem. 
  
6/11/2020 – sexta-feira
6ª etapa – Bolha 5 / MA a Bolha 6 / MA
Deslocamento inicial: 128 km
Trecho especial: 300 km
Deslocamento final: 313 km
Total: 741 km
A especial já começa com belas paisagens, por estradas de médias velocidades que vão ficando cada vez mais estreitas e travadas. A partir da metade, o trajeto fica mais rápido, com lombas e depressões. Haverá dois trechos com retas muito longas, de altíssimas velocidades, em terreno de piçarra. No final, será preciso mais atenção para completar a especial em trechos arenosos. 


7/11/2020 – sábado
7ª etapa – Bolha 6 / MA a Barreirinhas (MA)
Deslocamento inicial: 258 km
Trecho especial: 223 km
Deslocamento final: 34 km
Total: 515 km
A organização do Sertões promete deixar a melhor especial para o final. Com prova na areia, a navegação fará toda a diferença. Após um começo travado em piçarras, o trecho fica arenoso à medida que cruza pequenos riachos, os quais estarão secos na época da prova. Após o abastecimento, praticamente na metade da especial, as dificuldades serão extremas por conta da areia e da parte final com navegação por GPS em dunas. Com muitos way points a serem cobertos, qualquer erro pode ser fatal. O final em Barreirinhas promete ser apoteótico, a imagem a ser gravada nas memórias dos participantes. Chegar ao final do Sertões 2020 já será uma grande vitória. 

Total percurso: 4.567 km 
Total de trechos cronometrados (Especiais): 1.842 km

Por: MSuzuki Comunicação

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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