WORLD SURF LEAGUE: GABRIEL MEDINA ASSUME A LIDERANÇA NO RANKING NA AUSTRÁLIA

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– Medina e Yago Dora batem recordes no Rip Curl Narrabeen Classic
– Tatiana Weston-Webb também está nas quartas de final
– Ítalo Ferreira perde nas oitavas de final e fica em segundo no ranking
– Acompanhem a transmissão ao vivo, hoje, a partir das 17h45 (fuso do Brasil), no WorldSurfLeague.com

O Rip Curl Narrabeen Classic apresentado pela Corona definiu as quartas de final na segunda-feira e três surfistas da seleção brasileira seguem na disputa dos títulos da terceira etapa do World Surf League Championship Tour 2021, o bicampeão mundial Gabriel Medina, Yago Dora e Tatiana Weston-Webb. Os dois bateram todos os recordes com seus aéreos nas ondas de Narrabeen e Medina assumiu a liderança no ranking 2021, com a inesperada derrota de Ítalo Ferreira nas oitavas de final. A primeira chamada para as quartas de final será as 6h45 da terça-feira em Sidney, 17h45 desta segunda-feira no Brasil.

Os novos recordes do Rip Curl Narrabeen Classic foram registrados nos dois duelos brasileiros da segunda-feira na Austrália. O catarinense Yago Dora fez a melhor apresentação do evento contra o paranaense Peterson Crisanto, nas baterias da terceira fase que abriram o dia. Yago completou aéreos incríveis e o melhor valeu nota 8,83, que somou com o 7,50 que tinha recebido no voo anterior, para fazer o maior placar do campeonato, 16,33 pontos.

“Ontem (domingo) tinha aquele vento maral fechando as ondas. Hoje, mesmo um pouco menor, o vento terral deixa as ondas mais limpas e melhores para surfar”, analisou Yago Dora. “Eu caí em alguns aéreos no início, mas quando completei o primeiro, fiquei mais confiante e logo depois acertei o segundo. O Peterson é um dos meus surfistas favoritos no Tour. Lembro que no meu primeiro campeonato, ele tinha uns 15 anos e tirava duas notas 10 em cada bateria. Ganhava tudo e eu queria ser como ele, então estar neste grupo é incrível”, completa o brasileiro.

Nas oitavas de final, quem brilhou foi Gabriel Medina no confronto com Caio Ibelli. Ele decidiu ficar mais ativo dentro d´água, pegando várias ondas, enquanto Caio preferiu esperar pelas melhores. Só que a condição do mar estava difícil e a tática de Medina deu certo. Ele foi aumentando a vantagem a cada onda, até pegar uma direita boa e sair acelerando para voar muito alto, fazer o giro completo no ar e aterrissar com perfeição. Os juízes deram a maior nota do campeonato – 9,00 – para ele vencer fácil por 14,00 a 4,93 pontos.

“Feliz por conseguir pegar boas ondas nas baterias. Estou me divertindo e focado, porque eu quero chegar na final”, disse Gabriel Medina, que competiu antes de Ítalo Ferreira e John John Florence, que também brigavam pela liderança do ranking em Narrabeen. “Muito feliz pelas minhas notas e, agora, é esperar o último dia, que vai ser irado. Graças a Deus está dando tudo certo até agora e esse evento aqui em Narrabeen está sendo incrível. Tem dado altas ondas, o lugar é maneiro e estou feliz por estar aqui”, ressalta o bicampeão mundial.

O também bicampeão mundial John John Florence foi o próximo a competir e novamente foi batido pelo estreante na elite do CT 2021, Morgan Cibilic. Na etapa passada em Newcastle, o havaiano perdeu para ele na terceira fase e, agora, nas oitavas de final. O australiano mostrou mais uma vez toda a potência das suas manobras de borda e fez o segundo maior placar em Narrabeen, 15,70 pontos, somando notas 8,53 e 7,17. Morgan Cibilic vai voltar a enfrentar Gabriel Medina, que o derrotou nas semifinais em Newcastle.

A queda do líder – Após a eliminação do terceiro colocado no ranking, entrou o líder Ítalo Ferreira precisando vencer para não perder a lycra amarela de número 1 da World Surf League para Gabriel Medina. O potiguar já mostrou que iria para os aéreos e começou voando muito alto numa direita, mas não completou. Repetiu o ataque numa esquerda e caiu também. Já Conner Coffin fez o tradicional, usando as manobras de borda numa esquerda para começar na frente com nota 5,00. O californiano logo consegue 5,67 e o brasileiro precisou de 8,60 pontos para vencer nos 10 minutos finais.

Ítalo então muda a tática e manda três batidas e rasgadas jogando água para cima que igualam a maior nota do americano, 5,67. Com ela, passa a precisar de um 5,00 para vencer. Então, pega uma direita que forma a rampa para voar alto, faz o giro no ar e aterrisa em pé na prancha, porém os juízes avaliaram que a manobra não foi completada. Ele ainda faz duas tentativas e consegue os exatos 5,00 pontos que precisava para vencer. Mas Conner, ainda, pega uma onda e tira nota 5,80, para sacramentar a vitória por 11,47 a 10,67 pontos.

Último Classificado – Com a derrota, Ítalo Ferreira caiu para a segunda posição no ranking e Gabriel Medina é quem vai vestir a lycra amarela de número 1 do World Surf League na próxima etapa da “perna australiana”, que começa no dia 2 de maio em Margaret River. Em Narrabeen, Medina tenta chegar em sua quarta final consecutiva e Yago Dora é o único que pode repetir a final brasileira que aconteceu em Newcastle, vencida por Ítalo.

O catarinense usou a força das suas manobras de frontside para despachar o sul-africano Jordy Smith por 11,43 a 7,80 pontos, no penúltimo duelo das oitavas de final. Gabriel Medina vai disputar a segunda vaga para as semifinais com a sensação australiana do momento, Morgan Cibilic. Já Yago Dora vai fechar as quartas de final enfrentando o norte-americano Griffin Colapinto, que barrou o capitão da seleção brasileira, Adriano de Souza, na manhã da segunda-feira.

Derrotas brasileiras – Dos quatro surfistas que disputaram as baterias restantes da terceira fase no início do dia, Yago foi o único a avançar para as oitavas de final no duelo brasileiro com Peterson Crisanto. O paulista Alex Ribeiro tinha acabado de perder para o sul-africano Jordy Smith. Depois, Mineirinho foi eliminado por Griffin Colapinto. Foi nessa mesma praia de Narrabeen, que em 2003, Adriano ganhou o título mundial Pro Junior Sub-20. Na época, tinha apenas 15 anos de idade.

“Eu fiz o meu melhor. Estou confiante e na minha cabeça sempre quero ganhar”, disse Adriano de Souza, que está encerrando sua carreira esse ano. “Infelizmente, ele pegou uma onda boa no final, mas estou feliz com a minha performance em Narrabeen. Agora, vamos para M-River que, na minha opinião, é uma das etapas mais difíceis. É um desafio surfar Main Break e The Box. Você precisa estar bem preparado e a minha cabeça já está em Margaret River”, explica.

Após essas quatro últimas baterias da terceira fase, aconteceu as oitavas de final femininas seguidas pelas masculinas que fecharam o dia. Essa batalha pelas vagas nas quartas de final também não começou bem para o Brasil. Filipe Toledo era o favorito contra Frederico Morais, só que não deu nada certo. Ele partiu sua prancha ao meio quando tentou um aéreo e teve que sair do mar para pegar outra. No último minuto, achou uma onda boa para manobrar forte e virar o placar com a maior nota da bateria, 7,00. Mas, o português dá o troco na onda seguinte e ganha 6,33 para garantir a vitória por 11,60 a 10,93 pontos.

As condições do mar não estavam boas, mas as previsões não são favoráveis para os próximos dias, então o evento tinha que prosseguir. A segunda oitava de final chegou até a ser reiniciada pois não havia ondas no primeiro terço dos 30 minutos da bateria. O potiguar Jadson André mostrou sua garra habitual, mas o australiano Ethan Ewing pegou as melhores ondas para vencer por 10,97 a 9,70 pontos. Assim, os brasileiros Jadson, Filipe e Ítalo ficaram em nono lugar no evento, marcando 3.320 pontos no ranking.

Tatiana nas Finais – A única surfista da seleção brasileira foi uma das três que conseguiram vencer com um placar na casa dos 14 pontos. A gaúcha Tatiana Weston-Webb enfrentou a australiana Nikki Van Dijk e mostrou a força do seu frontside nas esquerdas de Narrabeen, variando manobras como layback, tail slide, batidas e rasgadas, para tirar nota 7,83. Depois pegou outra esquerda abrindo a parede para fazer mais uma série de batidas e rasgadas que valeram 6,17. Com ela, confirmou a vitória por 14,00 a 6,23 pontos.

“É sempre bom começar a bateria com boas notas”, disse Tatiana Weston-Webb, que vai enfrentar outra australiana nas quartas de final, Sally Fitzgibbons. “A última bateria que eu tinha disputado foi bem tensa, contra a Tyler Wright e a Laura Enever. Nessas condições é muito complicado com três pessoas na bateria. Contra apenas outra oponente, é mais fácil controlar a bateria e eu me senti mais confiante. Eu fiquei feliz com meu surfe hoje”, diz.

Transmissão ao vivo – O Rip Curl Narrabeen Classic apresentado pela Corona está sendo transmitido ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis da World Surf League e pelos canais da ESPN Brasil. A primeira chamada para as quartas de final foi marcada para as 6h45 da terça-feira na Austrália, 17h45 da segunda-feira (19) no fuso horário de Brasília.

Perna australiana – As quatro etapas da nova “perna australiana” são apresentadas pela Corona. O Rip Curl Newcastle Cup terminou no sábado (10/4) com Ítalo Ferreira vencendo a disputa pela liderança do ranking na final com Gabriel Medina. A segunda é o Rip Curl Narrabeen Classic, que começou na sexta-feira com prazo até 26 de abril para ser encerrado em Sidney, também em New South Wales. As outras serão na região de West Australia, o Boost Mobile Margaret River Pro de 2 a 12 de maio, em Margaret River e o Rip Curl Rottnest Search, de 16 a 26 de maio, em Rottnest Island.

QUARTAS DE FINAL DO RIP CURL NARRABEEN CLASSIC:

CATEGORIA MASCULINA – Derrota=5.o lugar com 4.745 pontos:

1.a: Frederico Morais (PRT) x Ethan Ewing (AUS)

2.a: Gabriel Medina (BRA) x Morgan Cibilic (AUS)

3.a: Kanoa Igarashi (JPN) x Conner Coffin (EUA)

4.a: Yago Dora (BRA) x Griffin Colapinto (EUA)

CATEGORIA FEMININA – Derrota=5.o lugar com 4.745 pontos:

1.a: Carissa Moore (HAV) x Keely Andrew (AUS)

2.a: Sally Fitzgibbons (AUS) x Tatiana Weston-Webb (BRA)

3.a: Caroline Marks (EUA) x Johanne Defay (FRA)

4.a: Stephanie Gilmore (AUS) x Courtney Conlogue (EUA)

RESULTADOS DA SEGUNDA-FEIRA NA AUSTRÁLIA:

OITAVAS DE FINAL – Derrota=9.o lugar com 2.610 pontos:

1.a: Carissa Moore (HAV) 12.66 x 8.66 Brisa Hennessy (CRI)

2.a: Keely Andrew (AUS) 10.80 x 8.97 Malia Manuel (HAV)

3.a: Sally Fitzgibbons (AUS) 14.10 x 13.73 Macy Callaghan (AUS)

4.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 14.00 x 6.23 Nikki Van Dijk (AUS)

5.a: Caroline Marks (EUA) 11.43 x 7.03 Amuro Tsuzuki (JPN)

6.a: Johanne Defay (FRA) 13.83 x 12.97 Tyler Wright (AUS)

7.a: Stephanie Gilmore (AUS) 13.00 x 9.83 Sage Erickson (EUA)

8.a: Courtney Conlogue (EUA) 14.33 x 12.30 Bronte Macaulay (AUS)

OITAVAS DE FINAL – Derrota=9.o lugar com 3.320 pontos:

1.a: Frederico Morais (PRT) 11.60 x 10.93 Filipe Toledo (BRA)

2.a: Ethan Ewing (AUS) 10.97 x 9.70 Jadson André (BRA)

3.a: Gabriel Medina (BRA) 14.00 x 4.93 Caio Ibelli (BRA)

4.a: Morgan Cibilic (AUS) 15.70 x 11.77 John John Florence (HAV)

5.a: Conner Coffin (EUA) 11.47 x 10.67 Italo Ferreira (BRA)

6.a: Kanoa Igarashi (JPN) 10.60 x 9.60 Jack Robinson (AUS)

7.a: Yago Dora (BRA) 11.43 x 7.80 Jordy Smith (AFR)

8.a: Griffin Colapinto (EUA) 12.27 x 11.33 Reef Heazlewood (AUS)

TERCEIRA FASE – 1.o=Oitavas de Final / 2.o=17.o lugar com 1.330 pontos:

(baterias que abriram a segunda-feira):

13.a: Jordy Smith (AFR) 10.43 x 8.66 Alex Ribeiro (BRA)

14.a: Yago Dora (BRA) 16.33 x 6.07 Peterson Crisanto (BRA)

15.a: Griffin Colapinto (EUA) 13.57 x 11.43 Adriano de Souza (BRA)

16.a: Reef Heazlewood (AUS) 12.50 x 7.00 Ryan Callinan (AUS)

(resultados que fecharam o domingo):

1.a: Filipe Toledo (BRA) 9.63 x 4.33 Mikey Wright (AUS)

2.a: Frederico Morais (PRT) 9.83 x 6.94 Michel Bourez (TAH)

3.a: Ethan Ewing (AUS) 13.10 x 11.83 Owen Wright (AUS)

4.a: Jadson André (BRA) 11.66 x 10.07 Jack Freestone (AUS)

5.a: Gabriel Medina (BRA) 11.17 x 8.57 Dylan Moffat (AUS)

6.a: Caio Ibelli (BRA) 11.17 x 9.60 Seth Moniz (HAV)

7.a: John John Florence (HAV) 11.10 x 9.56 Miguel Pupo (BRA)

8.a: Morgan Cibilic (AUS) 10.67 x 7.43 Julian Wilson (AUS)

9.a: Italo Ferreira (BRA) 13.00 x 9.33 Mick Fanning (AUS)

10.a: Conner Coffin (EUA) 9.60 x 9.43 Wade Carmichael (AUS)

11.a: Jack Robinson (AUS) 9.93 x 9.34 Jeremy Flores (FRA)

12.a: Kanoa Igarashi (JPN) 11.46 x 11.20 Deivid Silva (BRA)

Sobre a World Surf League – Estabelecida em 1976, a World Surf League (WSL) é a casa do melhor surf do mundo. Uma empresa global de esportes, mídia e entretenimento, a WSL supervisiona circuitos e competições internacionais, tem uma divisão de estúdios de mídia que cria mais de 500 horas de conteúdo ao vivo e sob demanda, por meio da afiliada WaveCo, empresa que criou a melhor onda artificial de alto desempenho do mundo. Com sede em Santa Monica, Califórnia, a WSL possui escritórios regionais na América do Norte, América Latina, Ásia-Pacífico e EMEA. A WSL coroa anualmente os campeões mundiais de surf profissional masculino e feminino. A divisão global de Circuitos supervisiona e opera mais de 180 competições globais a cada ano do Championship Tour e dos níveis de desenvolvimento, como o Challenger Series, Qualifying Series e Junior Series, bem como os circuitos de Longboard e Big Wave. Lançado em 2019, o WSL Studios é um produtor independente de projetos de televisão sem roteiros, incluindo documentários e séries, que fornecem acesso sem precedentes a atletas, eventos e locais globalmente. Os eventos e o conteúdo da WSL, são distribuídos na televisão linear para mais de 743 milhões de lares no mundo inteiro e em plataformas de mídia digital e social, incluindo o WorldSurfLeague.com. A afiliada WaveCo inclui as instalações do Surf Ranch Lemoore e a utilização e licenciamento do Kelly Slater Wave System. A WSL é dedicada a mudar o mundo por meio do poder inspirador do surfe, criando eventos, experiências e histórias autênticas, afim de motivar a sempre crescente comunidade global para viver com propósito, originalidade e entusiasmo.Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com

Por: Casa do Bom Conteúdo

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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