Atletas colocam em prática estratégias de técnico alemão no Circuito Loterias Caixa de tiro esportivo

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Atiradores participaram de primeira competição oficial após treinos com o treinador Uwe Knapp; evento reuniu 43 atletas neste sábado, 18, e domingo, 19, no Rio de Janeiro

Atletas que compõem a Seleção Brasileira de tiro esportivo paralímpico disputaram a 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, evento organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) que abriu o calendário da modalidade em 2023. Ao todo, 43 atiradores disputaram provas de carabina, pistola e trap (tiro ao prato) neste sábado, 18, e domingo, 19, no Rio de Janeiro.

A competição foi a primeira oportunidade oficial para que alguns atletas colocassem em prática as estratégias ensinadas pelo técnico alemão, Uwe Knapp, que assumiu a Seleção Brasileira recentemente. Entre os dias 4 e 11 de março, cinco atiradores brasileiros estiveram na Alemanha para treinamentos sob orientações do novo comandante. Entre eles, quatro participaram do Circuito Loterias Caixa de tiro esportivo neste final de semana: Alexandre Galgani, Bruno Kiefer, Geraldo Rosenthal e Jéssica Michalack.

O paulista Alexandre Galgani afirmou que ficou satisfeito com os resultados dos treinamentos feitos na Europa, os quais já renderam frutos no Circuito. Neste domingo, ele ficou com a medalha de ouro na prova R4 Carabina de Ar – Posição em pé Misto SH2, com 627,7 pontos. “Estou treinando uma nova técnica e preciso me aperfeiçoar nela. Tenho certeza de que, com mais tempo, terei uma estabilidade maior e manterei os bons resultados”, disse o paulista, único atirador brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e sétimo colocado na carabina R5 no último Mundial da modalidade, disputado nos Emirados Árabes, em novembro passado. Alexandre ficou tetraplégico após bater a cabeça no fundo da piscina e sofrer uma lesão na coluna.

O capixaba Bruno Kiefer também elogiou o trabalho inicial de Uwe Knapp à frente da Seleção. “A evolução em nosso desempenho mostra que estamos no caminho certo. Gostei da pontuação em minhas duas provas. Apliquei fundamentos que o técnico me passou, tanto no uso do gatilho como na posição da arma”, afirmou o atleta, que nasceu com paralisia cerebral. Ele foi ouro na carabina R5, ao anotar 634,1 pontos, e prata na R4 (626,4 pontos).

Prata na R5 (632,4 pontos) e bronze na R4 (599,6 pontos), a catarinense Jéssica Michalack destacou as orientações recebidas do treinador alemão e ressaltou que espera uma evolução nas próximas competições. “Estou focada para conseguir minha vaga nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024”, pontuou a atiradora. Ela nasceu com má-formação nos dedos das mãos e dos pés.

Coordenador de tiro esportivo do CPB, James Walter celebrou os resultados alcançados pelos atletas que treinaram com Uwe Knapp. “Foi uma competição de alto nível, com bons índices e uma quantidade satisfatória de participantes. Esperamos ter um número maior de atletas nos torneios futuros. Esta é a nossa meta”, concluiu. 

A 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa ocorreu em dois locais da capital fluminense. As disputas de carabina e pistola ocorreram na Escola Naval, centro, enquanto a prova de trap aconteceu no Centro Militar de Tiro Esportivo, em Deodoro, zona oeste da cidade. 

Neste ano, o calendário internacional do tiro esportivo paralímpico tem o Mundial de Lima, no Peru, em setembro, e os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, em novembro. Já o nacional é composto ainda pela Segunda Fase do Circuito Loterias Caixa, em maio; a Copa Brasil, em julho; e o Campeonato Brasileiro, em outubro.

Patrocínios
O tiro esportivo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa.

Por: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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