Luisa Stefani e Rafael Matos salvam match-point, atingem a final do Australian Open e fazem história

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Dupla brasileira é a primeira em uma final de Grand Slam após mais de 40 anos. Eles tentarão o título de forma inédita na história do país

Luisa Stefani, número 34 do mundo de duplas, e Rafael Matos, 29º no masculino, seguem brilhando e, nesta quarta-feira (25), alcançaram a decisão do Australian Open, primeiro Grand Slam do ano e um dos quatro maiores eventos do mundo. Jogando na quadra central Rod Laver Arena, a dupla derrotou a parceria local formada por Marc Polmans e Olivia Gadecki por 4/6 6/4 11/9. Depois de salvar um match-point com 9 a 8 abaixo, no match tie-break, fechou a partida com uma devolução vencedora de Luisa.

“Jogo duro, com bastante emoção. Tivemos que lutar em cada ponto, tentar achar o caminho. Muito feliz em passar para final, atmosfera incrível jogar na sessão noturna na quadra central Rod Laver. É muito especial”, destacou a atleta, que é patrocinada pela Fila e Faros Invest, é embaixadora XP COB e conta com os apoios da Liga Tênis 10 e Bolsa Atleta.

Pela primeira vez, desde Roland Garros, em 1982, uma dupla totalmente brasileira está em uma final de Grand Slam. Na ocasião, Cassio Motta e Claudia Monteiro saíram com o vice-campeonato. Portanto, em caso de título, Luisa e Matos seriam os primeiros campeões. Outros brasileiros já levantaram título de mistas com parceiros estrangeiros, casos de Maria Esther Bueno (Roland Garros, Wimbledon e US Open), Thomaz Koch (Roland Garros) e Bruno Soares (este com três títulos de mistas sendo um na Austrália e dois no US Open).
Luisa e Matos alcançam a sexta vitória em seis jogos juntos. Começaram na United Cup nos últimos dias de 2022 vencendo partidas contra a Itália e Noruega e agora mais quatro triunfos no Aberto da Austrália, a segunda consecutiva sobre uma dupla australiana. A final será na sexta-feira contra a parceria indiana formada pelos experientes Rohan Bopanna e Sania Mirza.

Fazendo história na carreira – Luisa Stefani, 25 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo (SP), onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis e foi à semifinal de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou à 10ª posição do ranking mundial juvenil. Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF. Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018.
Ganhou destaque nas duplas no profissional e começou a colher resultados em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent. Em 2020, ganhou o WTA 125 de Newport Beach e comemorou o título do WTA de Lexington. Terminou o ano como 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Em 2021, foi à final no WTA 500 de Abu Dhabi, alcançando o top 30 – primeira tenista do Brasil desde 1976. E o vice-campeonato do WTA 1000 de Miami fez com que subisse para a 25ª posição – então a melhor de uma brasileira desde que o ranking WTA foi criado em 1975.

Nos Jogos de Tóquio, conquistou a inédita medalha de bronze olímpica para o Brasil ao lado de Laura Pigossi. Continuou subindo no ranking e chegou a ocupar o nono lugar no início de 2022. No retorno ao circuito, após a cirurgia no joelho, conquistou três títulos neste final de temporada 2022: WTA 250 de Chennai, na Índia, WTA 1000 de Guadalajara, no México, e WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai, retornando ao Top 50 no ranking da WTA.

Mais informações:
Instagram: https://www.instagram.com/luisastefani/
Fanpage: https://www.facebook.com/LuisaStefani.Tennis

Por: ZDL

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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