Em etapa maluca, instabilidade do clima atrapalha estratégia da Shell Racing em Buenos Aires

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Átila Abreu chega a liderar a segunda bateria mas tanto ele como Ricardo Zonta sofrem com a secagem do asfalto e entrada do safety car

Em um domingo marcado pela instabilidade do clima em Buenos Aires, a Shell Racing acabou prejudicada na sua estratégia de corrida. Átila Abreu terminou a primeira bateria em décimo e chegou a liderar a segunda prova largando da pole, mas os pneus de chuva se desgastaram e o piloto do carro #51 caiu para 14º. Já Ricardo Zonta obteve um 14º e um 12º lugares.

A primeira bateria começou com quase uma hora de atraso e os pilotos ficaram atrás do safety car por três voltas. Quando a bandeira verde foi agitada, Átila foi cauteloso em meio à nuvem de água e perdeu duas posições, enquanto Zonta permaneceu em 13º, com problemas de visibilidade pelo embaçamento do parabrisa.

Antes da janela de reabastecimento, Átila voltou ao oitavo lugar e tanto ele como Zonta permaneceram por mais tempo na pista antes do pit stop obrigatório. Os dois pilotos acabaram perdendo terreno após a operação, mas Átila se recuperou e ainda chegou em décimo, garantindo a pole da segunda bateria, enquanto Zonta foi o 14º.

Na segunda bateria, Átila liderou as primeiras voltas com segurança partindo do primeiro lugar, mas a pista começou a secar e os pilotos que apostaram na troca para pneus slick antes da largada, por terem tido mais resultados na primeira prova, se deram bem. Além disso, uma entrada do safety car anulou a vantagem que Átila construiu no começo da prova.

Como a perda de tempo no caso de uma troca de pneus durante a corrida seria muito grande, Átila e Zonta fizeram seus reabastecimentos mas mantiveram os compostos de chuva e depois perderam rendimento com o asfalto secando. No fim, Zonta chegou em 12º, duas posições à frente de Átila.

A próxima rodada dupla será disputada no dia 22 de outubro, em Tarumã, no Rio Grande do Sul.

O que eles disseram:

“Na classificação tivemos alguns problemas e achamos que fossem melhorar, mas as condições mudaram completamente para a corrida, com chuva, bem molhado. Nas primeiras voltas da primeira prova eu não conseguia enxergar nada porque embaçou tudo, fiquei meio de passageiro acompanhando os outros pilotos. Na segunda prova eu estava em sétimo antes do pit stop com um bom ritmo e optamos por não trocar os pneus e tentar ver ser aguentava. A diferença do slick foi muito grande, os outros pilotos passaram muito fácil e não tivemos o que fazer”

Ricardo Zonta, piloto do carro #10

“Foi um fim de semana ruim para o campeonato. Na corrida 1, o carro destracionava muito, mas ainda consegui chegar em décimo, o que foi uma salvação. Largando em primeiro, não sabíamos o quanto o pneu de chuva poderia desgastar. Começamos a corrida, eu tinha um ritmo bom, tentando salvar um pouco do pneu, mas o safety car complicou tudo. Estando em primeiro, é difícil tomar uma decisão de trocar o pneu ou não. Tentei ir até o fim porque eu já voltaria em sexto ou sétimo. Foi uma situação bem complicada, para quem estava atrás com a corrida perdida é mais fácil tomar uma decisão como essa. Tomamos a decisão errada e quem trocou para slick estava bem mais rápido. Agora é remar, vamos tentar fazer a diferença nessas corridas para chegar na última prova com chances de título e brigar em São Paulo. Vamos continuar trabalhando, tentando melhorar o carro, é o tudo ou nada. Ainda dá, vamos lá, ninguém disse que seria fácil”

Átila Abreu, piloto do carro #51

“O resultado não foi o que gostaríamos. A primeira grande surpresa foi que no warm up de manhã estávamos bem na chuva e só trocamos o pneu para a corrida, mas o carro mudou completamente de comportamento. Não fez o menor sentido e não entendemos o porquê disso. Tivemos muitas dificuldades na primeira corrida, mesmo assim conseguimos chegar em décimo, teve a inversão do grid com o Átila largando na frente. Era uma aposta a fazer: largar na pole e tentar aguentar com pneu de chuva, ou parar no começo e trocar para slick e apostar num satefy car para vir passando todo mundo. Sete carros largaram de pneu slick e se desse tudo certo com a opção de trocar pneu chegaríamos em oitavo e fizemos a aposta no pneu de chuva. Houve um safety car bem na hora em que esse pessoal chegou em nós e não houve mais nenhum. Além disso começou a chuviscar e parou. Toda a dinâmica foi desfavorável para a nossa aposta e o resultado foi negativo.”

Thiago Meneghel, chefe da Shell Racing


Campeonato de pilotos:

1º D.Serra – 259 pontos
2º T.Camilo – 255
3º F.Fraga – 214
4º Á.Abreu – 203
6º R.Barrichello – 186

Sobre a plataforma da Raízen em motorsport:

A Raízen, por meio da marca Shell, promove a maior plataforma de patrocínio em esporte a motor no Brasil, a Academia de Pilotos Shell Racing. A marca apoia nove pilotos entre as modalidades do kart, Brasileiro de Turismo, Stock Car e Porsche Império GT3 Cup. O projeto está em linha com a estratégia global da marca, que, além do mais longevo patrocínio do automobilismo mundial com a Scuderia Ferrari na F1, está presente na Nascar, Indycar, DTM, V8 Australiana e Campeonato Mundial de Endurance.

Sobre a Raízen:

A Raízen se destaca como uma das empresas de energia mais competitivas do mundo e uma das maiores em faturamento no Brasil, atuando em todas as etapas do processo: cultivo da cana, produção de açúcar, etanol e energia, comercialização, logística interna e de exportação, distribuição e varejo de combustíveis. A companhia conta com cerca de 30 mil funcionários, que trabalham todos os dias para gerar soluções sustentáveis que contribuam para o desenvolvimento do país, como a produção de bioeletricidade e etanol de segunda geração a partir dos coprodutos da cana-de-açúcar. Com 24 unidades produtoras, a Raízen produz cerca de 2,1 bilhões de litros de etanol por ano, 4,5 milhões de toneladas de açúcar e tem capacidade para gerar cerca de 940 MW de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A empresa também está presente em 66 bases de abastecimento em aeroportos, 67 terminais de distribuição de combustível e comercializa aproximadamente 25,2 bilhões de litros de combustíveis para os segmentos de transporte, indústria e varejo. Conta com uma rede formada por mais de 6.000 postos de serviço com a marca Shell, responsáveis pela comercialização de combustíveis e mais de 950 lojas de conveniência Shell Select. Além disso, a companhia mantém a Fundação Raízen, que busca estar próxima da comunidade, oferecendo qualificação profissional, educação e cidadania. Criada há mais de 14 anos, a Fundação Raízen possui seis núcleos no interior do estado de São Paulo e um em Goiás e já beneficiou mais de 13 mil alunos e mais de 4 milhões de pessoas com ações realizadas desde 2012.

Por Luis Ferrari

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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