De olho em Paris-2024, Martine Grael e Kahena Kunze vencem Trofeo Princesa Sofía 2023

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Em busca do tricampeonato olímpico, velejadoras ganham campeonato tradicional, disputado em Palma de Maiorca, na Espanha

Maiores velejadoras do Brasil e atuais bicampeãs olímpicas na classe 49erFX, Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram mais um ouro. Neste sábado (08), elas terminaram em primeiro lugar no 52º Trofeo Princesa Sofía Mallorca by Iberostar, em Palma de Maiorca, na Espanha.  Ao todo, foram 13 regatas, com 61 pontos perdidos, 15 a menos do que a dupla holandesa Annette Duetz e Odile Van Aanholt. Já o bronze ficou com as argentinas Maria Sol Branz e Cecília Carranza, que também perderam 76 pontos, mas ficaram para trás nos critérios de desempate.  A competição na Espanha começou na última terça-feira (03). Após as três regatas daquele dia, elas terminaram em oitavo lugar. Foram três regatas diárias até a última sexta-feira (07). Já neste sábado (08), houve apenas uma, a Medal Race, mas com pontuação dobrada. Martine Grael e Kahena Kunze precisavam apenas do sexto lugar para ficar com o ouro e ficaram em segundo.  “Estamos satisfeitas com o resultado em Palma de Maiorca. Vencer a competição mostrou que o trabalho deu certo. Entramos na medal race com objetivo de ganhar a regata, mas também de olho nas adversárias. A tabela nos dava a vantagem, mas velejamos para vencer”, valorizou Martine.  Preparação para o ouro e para as Olimpíadas O evento fez parte da preparação da dupla para a corrida para os Jogos de Paris-2024. A competição reúne as principais equipes da atualidade em um cenário paradisíaco e tem status equivalente ao de um Grand Slam do tênis. São esperados cerca de 1.200 velejadores, de diversas partes do mundo, em mais de dez classes. 
O Troféu Princesa Sofía existe desde os anos 1960 e se consolidou no calendário da vela mundial. E as brasileiras já tinham histórico de bom desempenho na competição, com o título em 2019 e o segundo lugar no ano passado.  Elas contam que tiveram grande suporte para poder voltar ao Brasil com mais esse título. As velejadoras lembram ainda que chegaram à Espanha com quase um mês de antecedência.  “Chegamos aqui bem antes, em 9 de março. O resultado foi fruto desse trabalho prévio. A Martha Rocha, nossa treinadora, escolheu bem as velas e nos deu confiança assim como toda a equipe. O Torben (Grael, dono de cinco medalhas olímpicas, e pai de Martine) estava aqui também”, comentou Kahena.  Calendário

Depois do Troféu Princesa Sofia, o calendário de Martine e Kahena para 2023 seguirá extenso. Dias depois, ainda na Europa, elas correrão a Semana de Vela de Hyères, na França, de 22 a 30 de abril. As duas competições são consideradas “Grand Slams” da vela e reúnem as principais atletas do mundo da classe 49erFX.

“Nós estamos bem preparadas, mas também unidas e dando o nosso melhor a cada dia.  Estamos confiantes em bons resultados nesta temporada”, disse Martine.

A agenda de treinos inclui um período entre 8 e 14 de julho, quando elas participarão de um evento-teste na raia olímpica dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A vela olímpica terá a raia de Marselha como palco das regatas. Já no final do ano, de 8 a 13 de novembro, elas disputarão o Campeonato Europeu, em Vilamoura, em Portugal.

Pan-Americano, Mundial e vaga nas Olimpíadas

Entre os dias 8 a 23 de agosto, elas disputarão o Mundial de Vela, em Haia, na Holanda. A competição define as primeiras vagas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. As demais serão preenchidas nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, entre outubro e novembro.

A vela brasileira terá a cidade de Algarrobo como sede deste evento. Além do Mundial e do Pan-Americano, as velejadoras têm muitos compromissos no ano, com agenda cheia de treinos e outras competições.

Sobre Martine Grael e Kahena Kunze

Uma das parcerias mais vitoriosas da vela mundial, Martine e Kahena têm mantido o Brasil no patamar dourado da modalidade nas últimas décadas. Filhas dos icônicos Torben Grael e Cláudio Kunze, respectivamente, as atletas conquistaram o primeiro título juntas em 2009, o do Mundial Júnior da classe 420.

Após quatro anos em rumos distintos, elas retomaram a dupla em 2013 e trilharam um caminho de sucesso, que teve como pontos altos os ouros nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e Tóquio 2020, além do título mundial de 2014, os vice-campeonatos mundiais de 2013, 2015, 2017 e 2019, e a conquista dos Jogos Pan-Americanos Lima 2019, entre outros.

Em busca do tricampeonato olímpico, as velejadoras contam com o patrocínio de Prada, Energisa, Magic Marine e Gottifredi Maffioli, além de serem apoiadas pelos programas Bolsa Atleta e Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) e CBVela.

Por: On Board Sports

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Sobre o Autor

Formado em Educação Física e especializado em Jornalismo Esportivo. Editor e proprietário do Templo dos Esportes

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