O Joinville está garantido na elite do futebol catarinense em 2023, graças à vitória diante do Barra, na última rodada da primeira fase do Estadual, sábado (05). Para o técnico Gilmar Dal Pozzo, que assumiu o Tricolor direto no jogo da quarta rodada, sem uma preparação, o resultado conquistado foi por merecimento, pois o JEC não merecia o rebaixamento.
“Quando eu recebi o convite do presidente, não hesitei, porque não poderia deixar o JEC na mão nesta missão de permanência na primeira divisão de SC. Foi um ato de coragem assumir da forma que assumi, acreditar que era possível e cumprir com a meta. Sabia que seria uma missão bastante difícil. Desde o começo muito aconteceu. Eu estava com Covid quando me chamaram, consegui testar negativo na véspera do jogo diante do Hercílio, viajei para a cidade e nem pude dar treino. Fiz algo inédito na carreira que foi ir para o reservado sem trabalhar antes. A gente sabe a grandeza desta camisa. Eu joguei no JEC, um dos maiores vencedores em Santa Catarina, time que jogou Série A do Brasil, não pode estar nesta situação. Eu posso dizer que considero sim como um troféu ter deixado o Joinville na primeira divisão estadual, porque foi para isso que me chamaram, apesar que o aproveitamento regular que tivemos, no mínimo nos colocaria no G8, para a próxima fase do Estadual. Talvez se tivesse começado o trabalho, poderíamos estar na fase quente. Mas sou grato às oportunidades e saio de cabeça erguida destes pouco mais de 30 dias aqui. Foram intensos, focados, nunca deixei de acreditar”, afirmou o treinador, já em sua residência, na capital catarinense.
No comando do JEC, Gilmar Dal Pozzo teve duas vitórias, quatro empates e duas derrotas, com um percentual próximo a 42%. Em sua chegada, a equipe estava com 11%. Campeão brasileiro da Série C em 2019, três acessos nacionais na carreira, nunca rebaixado enquanto jogador e, também, treinador, o profissional salienta o nível do Campeonato Catarinense ultimamente.
“A cada ano, os jogos estão cada vez mais competitivos. E quem não compete, não enfrenta, não joga, não vence. Eu acompanho há muitos anos, seja trabalhando em alguma equipe, seja assistindo, moro em Florianópolis e a gente sabe que hoje não basta só o nome em campo. Foi um dos mais disputados dos últimos anos e eu valorizo esta conquista. Estou satisfeito com a permanência do JEC, fico feliz porque a gente viu tanta coisa recentemente no futebol nacional, equipes que poderiam brigar por títulos, sendo rebaixadas, o considerado grande eliminado em Copa do Brasil, então isto também tem que ser saudado. Deixo meu muito obrigado para todos que fazem o Joinville e aberto, caso a diretoria apresente um projeto de médio e longo prazo para seguir no comando”, finalizou.
O contrato do técnico Gilmar Dal Pozzo era apenas até o término do Campeonato Catarinense. Com a Licença A da CBF, o comandante agora aguarda para sequência da carreira e já analisa um convite de uma equipe de Série C.
Por: Diego Carvalho – Atlante
